A Sogra Parte III (Final)
CONTO RECOMENDADO PARA MAIORES DE 18 ANOS
-Grávida! Eu não acredito nisso, isso não pode ser verdade! -A senhora quer conversar? Marielza sentou e desabafou. -Sabe Rose eu não tenho uma vida sexual ativa. Criei o meu filho sozinha, e sexo nunca me fez falta, até aquela noite. Seu tio, sem querer, conseguiu despertar essa parte do meu corpo que há muito tempo estava adormecida. Tenho quarenta e quatro anos e ser mãe nessa idade, é um desafio muito grande, não sei se estou preparada pra isso. -Apesar de não ser mãe ainda, posso ajuda-la. Tenho certeza que da mesma forma que a senhora educou bem o Cleber, irá educa-lo também. Rose gostava muito dela, sabia que naquela noite havia acontecido alguma coisa entre ela e seu tio, mas como Marielza não quis se abrir, ela não insistiu. -Ah, Rose essa notícia me pegou de surpresa. Eu não sei bem o que fazer. Mas ficarei bem. Muito obrigada. -Eu preciso voltar ao trabalho, mais tarde te ligo tá bom. Rose sabia que gravidez na idade dela era complicada, mas lhe daria todo o apoio necessário. Ricardo estava na cidade para resolver assuntos relacionados à inauguração de uma filial de sua distribuidora, quando Rose chegou, ele a esperava. Beijando-o no rosto carinhosamente ela disse: -Quem bom te ver tio. Precisamos conversar, venha comigo. Tenho alguns minutos, antes da minha primeira paciente. Tio como vão as suas namoradas? -Minhas namoradas, porque isso agora? Disse Ricardo desconfiado. - O senhor é bonitão, ótimo partido, porque nunca se casou ou pelo menos teve filhos? -Gosto da minha vida de solteiro e quanto a ter filhos, já tenho você. -Obrigada! Sorriu Rose. -Eu me lembro de que há alguns anos o senhor fez vasectomia. -Aonde você quer chegar com isso? Perguntou sério. -Estou tentando entender como é possível a minha sogra estar grávida, sendo que ela não tem namorado e três meses depois dela me ligar para tirar o senhor da casa dela. Ricardo ia dizer algo, quando seu celular tocou. Ele atendeu. -Preciso ir. Sua expressão era indecifrável. -Nossa conversa não acabou. Espero o senhor aqui ás cinco horas. Ricardo saiu pensativo. Nunca havia conversado com a sobrinha sobre aquela noite. Já eram cinco horas e quinze minutos quando Rose saiu do posto de saúde, Ricardo a esperava no estacionamento. -Podemos continuar nossa conversa agora. O Cleber vai nos encontrar na casa da dona Marielza. Ao entrarem no carro Ricardo explicou: -Fiz reversão da vasectomia, há cerca de um ano. Meu médico disse que as chances de engravidar alguém eram de trinta a quarenta por cento. -E por que fez isso? -Por que encontrei alguém que me fez ver, que a minha vida é muito vazia. Alguém diferente, que não me teme, não se impressiona com minha conta bancária, minha posição social. Alguém em que eu confiaria minha vida de olhos fechado. E com quem eu teria uma família. E quando ela esta irritada fica um a fera encantadora. Eu me apaixonei pela sua sogra. Esse tempo todo eles só queriam estar juntos. As pessoas são muito estranhas. Pensou Rose. Cinco minutos depois chegaram à casa de Marielza. -Olá amor. Disse Cleber beijando Rose. Tudo bem tio Ricardo? -É, estou trabalhando para que tudo fique bem. -Amor, precisamos conversar. E vou direto ao assunto. Sua mãe está grávida e o pai é o meu tio. -Rose! Exclamaram ao mesmo tempo Marielza e Ricardo. -Que história é essa? Como isso é possível? Vocês brigam como cão e gato. Como conseguiram fazer um filho? -Amor, calma. -Como você quer que eu fique calmo? Esses dois não conseguem ficar juntos sem se agredirem com palavras. Como podem criar uma criança, ou melhor, como fizeram um filho? Era a primeira vez que Marielza viu seu filho tão zangado e indignado com uma atitude sua. Ricardo a chamou para conversar e ela achou melhor sair de perto do filho, pelo menos naquele momento. -Fala “tiozão” o que você quer? -Vamos nos casar. -Eu não vou me casar com você! -É claro que vai “sogrinha”. Você acha que o meu filho vai ser criado longe de mim, ou que vou deixar outro homem cria-lo. Não mesmo! Demorei muito para ser pai, para ser impedido de criar o meu filho. E uma coisa você pode ter certeza, o meu filho vai morar comigo na fazenda, queria você ou não e não vai faltar mãe pra ele. - Não é atoa que te odeio. Disse Marielza irritada, caminhando em direção à sala. -O que vocês decidiram? Questionou Cleber. -Eu e sua mãe vamos nos casar. -Dona Marielza, a senhora tem certeza que quer fazer isso? Rose estava preocupada. Seu tio podia ser muito persuasivo quanto queria. -Já enfrentei coisas piores, não se preocupe Rose, vai dar tudo certo. Cleber estava indignado, decepcionado, depois ele poderia ver a coisa de outra forma, mas agora ele precisava sair dali. Despediram-se dos dois e saíram. -“Tiozão”, é melhor você ir embora. -Boa noite “sogrinha”. Disse Ricardo acariciando distraidamente as costas de Marielza, fazendo seu corpo estremecer levemente. -Posso ficar? Sussurrou Ricardo no Ouvido de Marielza. Com a voz rouca, e os lábios quentes roçando sua orelha, Marielza sentiu sua boca ser invadida pela de Ricardo, e não pôde resistir, não queria mais resistir. Depois de ficar noites em claro tentado dormir ou acordando durante a noite, depois de sonhar com a noite que Ricardo a amou, Marielza esperava que aquilo acontecesse de novo. E ela se entregou de corpo, alma e coração. Não soube como chegaram até o quarto, mas Ricardo era muito carinhoso, beijou-lhe o ventre e foi subindo, beijando o pescoço, a orelha, a boca, as costas e foi ficando mais ousado, fazendo Marielza gemer de prazer. E com o vai e vem ficando cada vez mais frenéticos ambos explodiram ao mesmo tempo. Sentido seus corpos relaxados dormiram. Dois meses depois Ricardo e Marielza se casaram. Foi uma cerimônia simples, mas com muitos amigos, realizada na fazenda. A vida passa muito rápido, o tempo voa. Se o amor bater a sua porta, corra para abri-la, pois nem sempre temos outra chance.
Estamos realmente vivendo uma nova era, um mundo sem fronteiras, com alguns toques viajamos para qualquer lugar, visitamos museus, bibliotecas, nada mais está fora do alcance, são dias de buscar e conquistar, o mundo está cada vez menor, as distâncias, as diferenças de classes, tudo está menor, graças à senhora Internet, ela põe todos os jornais a sua disposição, revistas, lojas, tudo está em seu poder, ao seu alcance, tudo ali na sua tela. Doutor Robson conhecia bem este chamado do mundo virtual, sabia das possibilidades que a grande rede lhe oferecia, usava está ferramenta já havia algum tempo, ela lhe proporcionava a visibilidade e também o distanciamento que tanto almejava, mas foi com este trabalho que sentiu com mais nitidez a liberdade que o anonimato proporciona. Ele leu e releu aquelas experiências e se questionava: Quem são estas pessoas, serão verdades tais histórias, alguém além dos participantes sabe? Ele nunca saberá. O importante é que o objetivo estava sendo alcançado, sua caixa de mensagens, sempre cheia de agradecimentos lhe dava esta certeza. E quanto às histórias, continuavam chegando e chegando, chegando... FIM