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Via Férrea


No bairro em que o Aranha vivia em sua adolescência, havia uma travessia na linha de trem, várias pessoas sofreram acidentes nessa travessia. Por esse motivo toda população do bairro, há muito tempo exigia a construção de uma passarela.

Vários pedidos foram feitos a rede ferroviária, até que um dia chegaram as máquinas. Bate-estacas, perfuratrizes e começou a tão esperada obra da passarela.

Após algumas semanas, os lances de escada das extremidades da passarela já estavam prontos, mas por algum motivo, as máquinas se foram. A obra parou e a ligação, entre as duas escadas não foi feita.

Em uma rua que terminava na linha do trem, existia um centro espírita, os amigos do Aranha resolveram fazer uma brincadeira, que consistia no seguinte:

Eles compraram um alguidar (vaso de barro) que encheram de fubá, puseram algumas velas de várias cores e uma vela maior no centro. Está vela no centro, foi transpassada por um fio de metal que foi amarrada a um fio de náilon, este fio foi jogado por cima do fio da rede elétrica do trem.

Aranha e seus amigos se esconderam no vão da escada que levava a lugar nenhum. O local era muito escuro e ali ficaram esperando o final da sessão espírita.

Quando a sessão acabou, as pessoas impressionadas com o que haviam visto lá dentro se dirigiam as suas casas. Um grupo de três casais foram atravessar a linha de trem, tinham que passar bem em frente ao falso despacho.

Quando se aproximaram a vela começou a ser puxada lentamente, fazendo com que ela subisse e descesse, ao observar esse fenômeno, as pessoas ficaram muito assustadas, ajoelharam-se no meio da linha de trem e começaram a rezar o pai nosso bem alto.

Um dos amigos do Aranha não se conteve e deu uma risada, fazendo com que as pessoas notassem o logro. O que fez com que os seis levantassem rapidamente e começassem a jogar pedras em direção da risada e todos fugiram correndo.

E dessa Aranha e seus amigos saíram ilesos.

Texto Retirado do Livro OS CONTOS DO ARANHA que pode ser adquirido no Link abaixo:


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